🎦 O desafio da Sala de Ensaio

Lá se vão cinco meses da estréia do espetáculo Sala de Ensaio. Este, assim como os outros, foi para mim como um parto - não que eu tenha essa memória - mas simbolicamente o processo é semelhante. Meses de espera, dúvidas, ansiedade e nos percebemos em uma bifurcação: ao mesmo tempo em que queremos que o filho/personagem nasça, temos medo do desconhecido.
Ao rever o vídeo da peça, tenho inúmeras críticas a mim mesma que são amenizadas pela nostalgia do momento.
Ah, e que momentos!
Passamos por um período de investigação sem saber qual seria o texto, éramos 17 alunos/atores ansiosos pra descobrir qual clássico traríamos para o palco. Mal sabíamos que o resultado dos exercícios somáticos/performáticos seriam usados para tecer a dramaturgia de nossas inquietações de futuros artistas desempregados. O processo se estendeu tanto que muitos colegas, por motivos profissionais não puderam permanecer e continuamos nós 7 Bruno, Kadu, Lourynne, Jéssica, Arlleide, o professor David e Eu.
Ao contrário do que muitos pensam o melhor do espetáculo não é estar em cena, é sim um ponto importante, mas não o principal. O melhor é o processo, a troca de conhecimento entre os colegas essa vivência única de cada processo.

Como diz a música:
"O brilho que embrulho aqui dentro me faz atuar.
Se sou mais de mil meu lugar é me reinventar.
São tantos medos melindrosos para superar,
Mas se monte, traz um monte e vem pra cá
Venha
Oi, lá no céu se faz caminho
O que hoje é sala muito fala e já foi ninho
Oi lá no céu tem sintonia
Mais alegria
Gratos aos que foram
Atos duram e douram
Há chão pra mais estrela e um novo dia."
(Sala de Ensaio - Toni Edson)

É com gostinho de saudade que deixo aqui um pouco do resultado desse delicioso processo.



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