✂ Cabelo Curto SIM!
Este ano decidi fazer o que há muito desejava, mas não o suficiente para fazê-lo antes.
Adotei o look de cabelo curto.
[Bárbara com os cabelos curtos, e usa uma blusa jeans balonê, uma echarpe cobre os braços, uma calça de tecido azul e um scarpin preto. Ela está em pé de frente pra nós ela se abraça e com a mão esquerda ajeita o cabelo atrás da orelha. Ao fundo, uma parede revestida de madeira.]
O fato é que como boa cultivadora de longas madeixas o mais radical que eu tinha feito foi um corte médio na altura dos ombros quando finalizei a minha transição. Sim, eu passei pela transição que durou uns 2 ou 3 anos. À época minha inspiração era a Gabriela interpretada por Juliana Paes na minissérie de mesmo nome, com seus volumosos e longos cachos.
Adotei o look de cabelo curto.
[Bárbara com os cabelos curtos, e usa uma blusa jeans balonê, uma echarpe cobre os braços, uma calça de tecido azul e um scarpin preto. Ela está em pé de frente pra nós ela se abraça e com a mão esquerda ajeita o cabelo atrás da orelha. Ao fundo, uma parede revestida de madeira.]
O fato é que como boa cultivadora de longas madeixas o mais radical que eu tinha feito foi um corte médio na altura dos ombros quando finalizei a minha transição. Sim, eu passei pela transição que durou uns 2 ou 3 anos. À época minha inspiração era a Gabriela interpretada por Juliana Paes na minissérie de mesmo nome, com seus volumosos e longos cachos.
[Juliana, vestida de Gabriela.
Ela está virada para a direita e põe uma flor de papoula vermelha
sobre a orelha esquerda para adornar os cabelos longos e cacheados que cobrem as costas.]
Depois da transição, cuidar do cabelo e aprender a aceitá-lo tornou-se parte da minha identidade e não me importavam mais as críticas ao volume. Depois de cumprir o ciclo infinito de aparar e esperar crescer eu senti a necessidade de mudar. Num período de autoconhecimento passei a questionar esse parâmetro de minha personalidade. O próprio intercâmbio foi uma barreira vencida e me trouxe uma amplitude na percepção de mundo tão intensa quanto a minha entrada no teatro.
A mudança radical foi mais sentida pelos os outros do que por mim mesma, nunca tive muito apego com o comprimento dos fios, pois eles crescem rápido.
As reações foram as mais variadas, entre surpresa, indignação, condolências e consolos do tipo:
- Ah, cresce rápido!
- Como você pôde fazer isso?
- Porquê?
- Fica mais bonito comprido.
- Os homens gostam mais de cabelo comprido.
Tentei ser gentil e consolar as pessoas mais abaladas. Veja que estranho, eu consolando as pessoas pelo meu corte de cabelo. Parei e pensei (sempre faço muito isso), abstraí e segui em frente.
É interessante como as pessoas acham um ato corajoso um corte curto. É uma moda que vai e volta, como foi na década de 20 e é agora, fico pensando se escandalizava antes, como agora.
[Mosaico com seis fotos de rostos de mulheres dos anos 20.
Três em sépia e três em preto e branco.
Todas têm os cabelos curtos na altura das orelhas.
No canto direito na vertical, uma faixa rosa e em letras brancas: "ANOS 20".]
No processo de adaptação, ainda me estranho às vezes, mas estou aprendendo a cada dia a lidar com a personalidade própria do meu cabelo.
Quer saber? Realmente não me importam o que as pessoas acham sobre o meu corte de cabelo, me sinto bem e é isso que importa. Se os homens preferem o cabelão...Que deixem crescer os seus próprios. Não preciso desta "caracterização" para provar minha feminilidade.
O cabelo continua sendo importante, mas ele compõe quem eu sou, ele não me resume.
Quer saber como ficou? Dá uma olhada no vídeo.
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